terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Educação "Sou preso da esperança que liberta"!

Estive perguntando por que existe tanta corrupção? Por que os brasileiros e as brasileiras ainda não aprenderam a votar e participar da vida política do país como um todo? A resposta é clara: a falta de consciência, de informações, de conhecimento. Esses são os maiores fatores que levam ao povo de nosso país não participar proativamente da vida política do Brasil.
Mas, esta falta de conhecimento e informações não se dá pela pura alienação voluntária, porém pela omissão de um Estado para com a educação.
Educação, essa é a palavra revolucionária do Brasil, esta é a ação mais inovadora que nosso país poderá ter.
Educação para além das propostas eleitorais e/ou de políticas de governo e sim como vertente principal na consolidação de uma Nação.
Existiram e ainda existem em nosso país os maiores pensadores da educação do planeta, por exemplo, Paulo Freire. Os maiores sempre caminharam na mesma direção: a educação só será de qualidade e universal quando o Estado, os governos a considerar libertadora.
Sim, libertadora. A educação tem que libertar a humanidade do estado de inércia posta a ela. Essa liberdade não vem de conhecimentos prontos ou fórmulas já constituídas, mas de uma construção diária, contínua e com a participação de todos os atores deste processo: estudantes, trabalhadores e profissionais da educação e educadores.
Uma frase que me emociona muito é esta: “Sou preso da esperança que liberta e faz viver!”
Devemos ser presos desta esperança, esperança de um mundo melhor, principalmente para aqueles que sempre foram privados de sonhar, de acreditar em um mundo melhor, esperança em um país de todos e de todas. Esperança em uma educação ideal;
O que seria uma educação ideal?
Será que existe um modelo de educação perfeito?
Não. Aliás, uma educação revolucionária não possui modelos prontos. Educação de verdade é resultado de um processo contínuo daquele ambiente educacional, educação real e ideal é aquela que se constrói, não a que se implanta através de uma cartilha.
Melhorar educação é bem mais do que investir capital financeiro e material, é acreditar que todos os atores deste processo são iguais em importância, tratá-los horizontalmente. Isso não quer dizer que um educador tem as mesmas atribuições de um estudante ou vice-versa, mas é consolidar o que chamo de equalizar as capacidades, pois as mesmas habilidades que um educador tem de produzir conhecimentos têm seus educandos, bem como os trabalhadores da educação, mas o que os diferenciam é a oportunidade de reproduzi-los (os conhecimentos) de maneira didática.
Sobretudo, temos que ter a responsabilidade de dar a todos no processo educacional a ampla liberdade de exposição dos conhecimentos adquiridos naquele ambiente e em outros, como por exemplo, constituindo em ambiente escolar meios de comunicação de massa para a reprodução dos saberes.
A educação é uma obra interminável.
Todos são os obreiros, o projeto é dinâmico e mutável. Mas o que diferencia a educação de uma obra real é que a responsabilidade sobre a educação é de todos, todos em igual peso, não apenas do engenheiro ou arquiteto.
Hoje somos adeptos de um sistema educacional cíclico, aonde os atores ou sujeitos dele (os estudantes) são submetidos a uma espécie de aprendizado eterno, mas nunca a um processo de produção de conhecimento.
O maior exemplo é do Ensino Médio. Talvez um estudante de nível secundário não tenha acúmulo suficiente para o desenvolvimento de um sistema de equação abstrata e que, portanto se desenvolver desenvolverá um sistema secundário. Mas aí que está a jogada. Que ele produza, pois somente assim ele se sentirá parte do saber e o guardará e reproduzirá com mais propriedade do que se ele tivesse aprendido o mais abstrato, mas que logo esquecerá, pois não passou de uma mera aula chata de matemática.
Eu este ano deveria ter concluído o Ensino Médio, mas por ter faltado muito e ter tido pouca nota fui reprovado pelo estado.
Isso não me chateia, passei 12 anos de minha vida escutando a mesma coisa: “quando estiver no 3º verá seu último ano de estudo”. Não, não verei mesmo literalmente, pois o farei novamente em 2010. Mas mesmo depois de 2010 não pararei, mesmo que não seja em uma faculdade estudarei sim, pois o melhor bem é estudar, é construir conhecimento. Isso jamais nós devemos deixar de fazer. Por isso não concordo com o modelo cíclico da educação que condiciona ao saber o tempo, mas o saber não se resume a tempo, ou anos e sim ao potencial dos atores em dar continuidade ao processo.
As páginas da história de uma nação como a nossa não pode ficar presa a ‘heróis’ forjados ou até mesmo reais, mas sim a vida daqueles que lutaram e viveu para dar a este país seu melhor, o conhecimento, o saber. Sobretudo, além de eles estarem nos livros o mais importante é estar o que eles sempre nos ensinaram.
Mulheres, homens, vultos passarão, mas o que permanecerá é o saber que eles nos passaram. Só aprenderemos a votar quando pararmos de brigar para ver quem é dono da verdade e passar a respeitá-la.

3 comentários:

Valdecy Alves disse...

Parabéns pelo seu blog e as matérias que veicula. Se puder, visite o meu blog, poste o seu comentário e indique para os seus contatos. Um 2010 maravilhoso! Meu blog: www.valdecyalves.blogspot.com

Unknown disse...

Quando nossos políticos vão se conscientizarem de que a educação é a ÚNICA FORMA para eliminar a concentração de renda e alavancar nossa economia =(

Unknown disse...

PARABÉNS PELO BLOG AMIGÃO