sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Um pouco MAIS sobre nossa geração.

Muitas vezes nós jovens ouvimos nos espaços as pessoas que nos antecederam na militância dizendo que não houve juventude como a que resistiu a ditadura militar. Gabam-se das lutas e das histórias que viveram neste percurso e colocam o período como o período das grandes conquistas e do forjar dos grandes lutadores do povo. Lembram das grandes passetas, do período histórico de mobilização das massas no Brasil, de quão aguerridos eram os companheiros e da fundação do Partido dos Trabalhadores.



Após essa geração, ainda ouvimos a que os sucede, mas que ainda assim os antecende: "Juventude como a da resistência ao neoliberalismo não houve na história deste país". Estes nos recordam da história recente dos desmandos do Governo Fernando Henrique Cardoso, da catastrófica gestão de Paulo Renato no Ministério da Educação, do período das grandes greves, do Fora Collor e outros episódios que nos fazem saber o quanto foram valoros os companheiros e as companheiras que compuseram a militância nesse período da história do Brasil.



Ambos tem algo em comum: A saudade de seus tempos de Juventude e a comparação invevitável com a maioria de nós, que não fomos forjados na resistência à ditadura, tampouco na resistência ao neoliberalismo.

Grande parte de nós, militantes jovens e de esquerda, ingressou na luta após a Vitória de grandes movimentos progressitas, como a Vitória de Lula em 2002.



Entender nossa realidade recente, sobretudo do ponto de vista de uma perspectiva de esquerda e revolucionária, é uma tarefa peculiar e que necessita de uma certa sensibilidade quanto ao acontecimento dos fatos.



É bem verdade que não poderiamos gozar dos benefícios da Democracia* e das conquistas do povo brasileiro sem os que nos antecederam, também é verdade que devemos nos orgulhar destes e saudá-los pelas vitória e pelas lutas. Mas hoje às vésperas de mais uma disputa presendencial, democrática e antagônica, nós, que já fomos chamados de Juventude Coca Cola, desorientada, pragmática e tantas outras coisas até por aqueles que deveriam estar em nossa defesa, já sabemos qual será a história que contaremos sobre nossa geração e ela também será de grande relevância para a história que nos sucederá!



Nós seremos a Juventude que SEPULTARÁ o neoliberalismo de vez no Brasil!



Abraçamos com honra essa bandeira e trilhamos um novo caminho de lutas e conquistas no Brasil. Não faremos isso sozinhos de forma alguma, como não fizeram nenhum daqueles que nos antecedeu, mas também sabemos nossa real importância na construção de um caminho nunca imaginável na história de nosso país.



Com certeza as outras juventudes que virão, terão em seu devido momento suas bandeiras, honras e glórias, mas a verdade é que essa conquista pertence a nossa geração e a nossa juventude. Cabe a nós consolidar esse amplo movimento, traduzindo através de nossa linguagem e realidade a mensagem do socialismo em nosso país.



Apesar do otimismo, sabemos que a vitória só chegará com o extremo envolvimento dos jovens na eleição que talvez seja a mais importante para o PT. Trata-se do momento em que nosso governo Democrático e Popular, de tantos avanços, vai ser traduzir num processo histórico, ou num hiato em meio as explorações da classe trabalhadora deste país.



Não podemos perder o foco, como os que mudaram lado, que vestiram nariz de tucano, ou que "enraiveceram" tanto a crítica a ponto de servir de instumento a velha direita clássica, opressora, desgastada e militar.



Ao nosso favor tudo que foi construído e por isso está em jogo, e contra nós todos os que sempre estiveram!



Que a Juventude transforme em processo histórico ininterrupto, aquilo que os jovens que nos antecederam conquistaram!



Muita Luta a todos os jovens companheiros que elegerão Dilma a sucessora deste processo. A vitória? imprevisível. A luta?

Imprescindível!

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