Sonhos Valem uma Vida
Por Fabrício Paz
terça-feira, 28 de junho de 2011
DESATIVADO =D
Conto com vocês lá!
Fabrício Paz
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Abertura do Parlamento Jovem Brasileiro
O diretor substituto … Flávio Oscar iniciou a cerimônia falando sobre a importância deste espaço democrático que faz com que a Casa de Leis do Brasil se abra aos jovens, bem como o diretor …. do …. que ressaltou a importância da transparência do processo e lisura que levou jovens do Brasil todo a serem selecionados pelo seus méritos. A Secretária Adjunta da Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso …., representante do CONSEG que afirmou que o jovem participante tem a oportunidade de mudar o Brasil.
Logo após o cerimonial, os jovens parlamentares, participaram de uma atividade elaborada pelo CEFOR para discussão sobre o papel do legislativo, assim propondo respostas coletivas.
Antes do início das atividades alguns depoimentos foram dados sobre a organização do evento e de como foi a logística sendo que alguns ressaltaram que foi a primeira viagem aérea.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Calem a Boca Nordestinos
Infelizmente, Mayara não foi a única. Vários outros “brasileiros” também passaram a agredir os nordestinos, revoltados com o resultado final das eleições, que elegeu a primeira mulher presidentE ou presidentA (sim, fui corrigido por muitos e convencido pelos "amigos" Houaiss e Aurélio) do nosso país.
E fiquei a pensar nas verdades ditas por estes jovens, tão emocionados em suas declarações contra os nordestinos. Eles têm razão!
Os nordestinos devem ficar quietos! Cale a boca, povo do Nordeste!
Que coisas boas vocês têm pra oferecer ao resto do país?
Ou vocês pensam que são os bons só porque deram à literatura brasileira nomes como o do alagoano Graciliano Ramos, dos paraibanos José Lins do Rego e Ariano Suassuna, dos pernambucanos João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, ou então dos cearenses José de Alencar e a maravilhosa Rachel de Queiroz?
Só porque o Maranhão nos deu Gonçalves Dias, Aluisio Azevedo, Arthur Azevedo, Ferreira Gullar, José Louzeiro e Josué Montello, e o Ceará nos presenteou com José de Alencar e Patativa do Assaré e a Bahia em seus encantos nos deu como herança Jorge Amado, vocês pensam que podem tudo?
Isso sem falar no humor brasileiro, de quem sugamos de vocês os talentos do genial Chico Anysio, do eterno trapalhão Renato Aragão, de Tom Cavalcante e até mesmo do palhaço Tiririca, que foi eleito o deputado federal mais votado pelos... pasmem... PAULISTAS!!!
E já que está na moda o cinema brasileiro, ainda poderia falar de atores como os cearenses José Wilker, Luiza Tomé, Milton Moraes e Emiliano Queiróz, o inesquecível Dirceu Borboleta, ou ainda do paraibano José Dumont ou de Marco Nanini, pernambucano.
Ah! E ainda os baianos Lázaro Ramos e Wagner Moura, que será eternizado pelo “carioca” Capitão Nascimento, de Tropa de Elite, 1 e 2.
Música? Não, vocês nordestinos não poderiam ter coisa boa a nos oferecer, povo analfabeto e sem cultura...
Ou pensam que teremos que aceitar vocês por causa da aterradora simplicidade e majestade de Luiz Gonzaga, o rei do baião? Ou das lindas canções de Nando Cordel e dos seus conterrâneos pernambucanos Alceu Valença, Dominguinhos, Geraldo Azevedo e Lenine? Isso sem falar nos paraibanos Zé e Elba Ramalho e do cearense Fagner...
E Não poderia deixar de lembrar também da genial família Caymmi e suas melodias doces e baianas a embalar dias e noites repletas de poesia...
Ah! Nordestinos...
Além de tudo isso, vocês ainda resistiram à escravatura? E foi daí que nasceu o mais famoso quilombo, símbolo da resistência dos negros á força opressora do branco que sabe o que é melhor para o nosso país? Por que vocês foram nos dar Zumbi dos Palmares? Só para marcar mais um ponto na sofrida e linda história do seu povo?
Um conselho, pobres nordestinos. Vocês deveriam aprender conosco, povo civilizado do sul e sudeste do Brasil. Nós, sim, temos coisas boas a lhes ensinar.
Por que não aprendem conosco os batidões do funk carioca? Deveriam aprender e ver as suas meninas dançarem até o chão, sendo carinhosamente chamadas de “cachorras”. Além disso, deveriam aprender também muito da poesia estética e musical de Tati Quebra-Barraco, Latino e Kelly Key. Sim, porque melhor que a asa branca bater asas e voar, é ter festa no apê e rolar bundalelê!
Por que não aprendem do pagode gostoso de Netinho de Paula? E ainda poderiam levar suas meninas para “um dia de princesa” (se não apanharem no caminho)! Ou então o rock melódico e poético de Supla! Vocês adorariam!!!
Mas se não quiserem, podemos pedir ao pessoal aqui do lado, do Mato Grosso do Sul, que lhes exporte o sertanejo universitário... coisa da melhor qualidade!
Ah! E sem falar numa coisa que vocês têm que aprender conosco, povo civilizado, branco e intelectualizado: explorar bem o trabalho infantil! Vocês não sabem, mas na verdade não está em jogo se é ou não trabalho infantil (isso pouco vale pra justiça), o que importa mesmo é o QUANTO esse trabalho infantil vai render. Ou vocês não perceberam ainda que suas crianças não podem trabalhar nas plantações, nas roças, etc. porque isso as afasta da escola e é um trabalho horroroso e sujo, mas na verdade, é porque ganha pouco. Bom mesmo é a menina deixar de estudar pra ser modelo e sustentar os pais, ou ser atriz mirim ou cantora e ter a sua vida totalmente modificada, mesmo que não tenha estrutura psicológica pra isso... mas o que importa mesmo é que vão encher o bolso e nunca precisarão de Bolsa-família, daí, é fácil criticar quem precisa!
Minha mensagem então é essa: - Calem a boca, nordestinos!
Calem a boca, porque vocês não precisam se rebaixar e tentar responder a tantos absurdos de gente que não entende o que é, mesmo sendo abandonado por tantos anos pelo próprio país, vocês tirarem tanta beleza e poesia das mãos calejadas e das peles ressecadas de sol a sol.
Calem a boca, e deixem quem não tem nada pra dizer jogar suas palavras ao vento. Não deixem que isso os tire de sua posição majestosa na construção desse povo maravilhoso, de tantas cores, sotaques, religiões e gentes.
Calem a boca, porque a história desse país responderá por si mesma a importância e a contribuição que vocês nos legaram, seja na literatura, na música, nas artes cênicas ou em quaisquer situações em que a força do seu povo falou mais alto e fez valer a máxima do escritor: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte!”
Que o Deus de todos os povos, raças, tribos e nações, os abençoem, queridos irmãos nordestinos!
José Barbosa Junior, na madrugada de 03 de novembro de 2010.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
O Amor Venceu o Ódio
O dia 31 de outubro de 2010 vai ser lembrado pelos Brasileiros como o Dia que uma Mulher foi eleita a sua primeira Presidente em 121 anos de República, mas, além disso, vai ser marcado como o dia que as forças Progressistas derrotaram a Elite Conservadora e Preconceituosa do País que há 510 anos exploram nosso Povo, nossas Crianças e nossas Mulheres!
Nunca na história do Brasil foi feita uma Campanha com tanto ódio orquestrada pelos setores mais conservadores da Sociedade, setores estes representados na Coligação PSDB-PPS-DEM do candidato Serra. O Brasil tem uma marca própria de tolerância e irmandade, nesta eleição vimos um Candidato a Presidente da República agir com irresponsabilidade, beirando a loucura de Nero quando colocou fogo em Roma! Ele jogou irmão contra irmã, companheiro contra companheiro, criou uma guerra religiosa, uma Guerra de Preconceitos, chegou à lama da ultra – direita e vimos mais uma vez um ovo da serpente da intolerância ser colocado em nossa Sociedade.
No inicio queriam colar na imagem de Dilma que por ela ser mulher era frágil, e não conseguiria governar... Sua resposta foi a prova de sua competência como Ministra e uma Campanha com dignidade.
Não satisfeita sua oposição quis coloca – la como uma bandida e terrorista. A oposição, a Direita Udenista do século XXI inverteu sua história, afinal Dilma a heroína que lutou contra a Ditadura, foi transformada numa vilã, pelos verdadeiros vilões daquela época... Mas o povo não é bobo, e reconheceu que Dilma era uma verdadeira Guerreira da Pátria Brasileira, que passou seus anos de juventude na luta contra uma cruel Ditadura. Lutou pela liberdade do Povo Brasileiro.
A partir daí com o crescimento de Dilma nas pesquisas começaram a onda de boatos, uma verdadeira Guerrilha de mentiras espalhadas na Internet que ganharam as ruas para combater a “ameaça Dilma”, afinal Dilma é uma ameaça para a Elite exploradora do Brasil.
Vimos o candidato Serra acusar sem provas, vimos a esposa do candidato Serra falar que Dilma matava criancinhas, vimos o Vice do candidato Serra dizer que em seu Governo homossexuais não teriam direitos civis e na reta final vimos um Bispo usar da Igreja para fazer Campanha contra Dilma e a favor de Serra... Isso foi apenas o capítulo recente, pois afinal o Democratas Partido aliado de Serra foi contra o ProUni deixando clara sua visão preconceituosa e o próprio Serra sempre culpou os Nordestinos pelo baixo desempenho educacional do Estado de São Paulo...
Dilma e sua Campanha enfrentaram toda a Intolerância da Velha e caquética Direita Brasileira, enfrentou o machismo, enfrentou o racismo, enfrentou a homofobia, enfrentou a xenofobia e provou que mais fortes são os Poderes do Povo! Provou que o Brasil é feito de homens e mulheres, brancos, negros, índios, amarelos, Heterossexuais, Homossexuais... Enfim o Brasil pertence aos Brasileiros, povo soberano, alegre, colorido e lutador!
Mesmo assim, é triste e preocupante ver que em pleno século XXI, em um país lindo como o Brasil, com uma história de paz e fraternidade, bem representada pelo Governo Lula que foi um Governo conciliador e pacificador, vemos que idéias extremistas nazi-fascistas ainda existem e devem ser combatidas. Hoje dia 01 de novembro vemos no Twitter, fenômeno das redes sociais uma campanha vergonhosa de difamação e ódio contra a população do norte e nordeste do País. A direita Udenista do século XXI não aceita essa derrota, mas em seu salto de orgulho não admite que está errada e culpam os nordestinos pela sua derrota.
Hoje vemos mais uma inversão de valores, aquele povo sofrido, que sempre foi explorado, o povo nordestino agora também é vilão, como Dilma foi no inicio desta campanha de ódio. Hoje os exploradores do Povo do nordeste, a velha elite coronelista e burguesia do eixo sul e sudeste fazem uma verdadeira campanha de ódio contra aqueles que ajudaram e deram seu sangue e suor para construir nosso Brasil. Agora a culpa é dos povos oprimidos e explorados, agora a culpa é dos negros, a culpa é do povo pobre... A Culpa de eleger a 1ª mulher Presidente do Brasil, a culpa de vencer o ódio pela democracia, a culpa de desejar que o Brasil continue mudando, é dos povos oprimidos! Então os oprimidos vencem! Venceram Com Lula duas vezes e agora vencem com Dilma!
Este é o momento do Povo Brasileiro se manter alerta, não podemos nos esquecer que foram pensamentos de separação de raças, de superioridade e inferioridade que nasceu o nazismo na Alemanha e mais de 50 milhões de pessoas tiveram suas vidas ceifadas em uma guerra que não era delas... Não podemos nos esquecer que a Direita de hoje descende daquela Direita da Ditadura Militar que matou e torturou jovens que viviam no sonho de uma Sociedade melhor, inclusive uma jovem chamada Dilma Roussef. E esse mesmo pensamento de perseguição religiosa e opressão mandaram milhares de mulheres para a fogueira durante a Idade Média, acusadas pela Igreja de serem Bruxas.
Nesta eleição o Amor venceu o Ódio. O Amor por um Brasil melhor, o Amor por um Brasil Justo, o Amor por um Brasil do Presente e do Futuro, venceu um ódio cego e ignorante.
Viva o Povo Brasileiro, de várias raças, sotaques e culturas!
Viva a Pátria Brasileira, com sua história de paz!
Viva O Partido dos Trabalhadores, com seus 30 anos de sonhos e Lutas!
Viva Dilma Roussef, a Jovem que acreditou em seus sonhos de um Brasil Justo aos 19 anos de idade e hoje pode concretizá-los!
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Investir nesta galera é desenvolver o Brasil!
Estamos entrando num momento crucial para o futuro do país, onde o presente e o futuro se entrelaçam. As projeções demográficas dizem que o Brasil vive uma janela de oportunidades, o que pode resultar em um grande salto para o desenvolvimento do país.
Não há momento melhor do que 2010 para discutir o quanto é importante o investimento nesta geração para garantir um Brasil desenvolvido nas próximas décadas. Será neste ano que o nosso país chega ao chamado “pico geracional’, onde alcançaremos o maior número de jovens da nossa história e do futuro próximo: 52 milhões de brasileiros e brasileiras. Além disso, e não menos importante, este é o ano em que discutiremos os rumos do Brasil: se vamos aprofundar as mudanças em curso ou regressar aos anos de neoliberalismo.
Para evitar qualquer andar para trás devemos ter um programa de governo ousado, que combata a exclusão do público mais impactado pelas políticas neoliberais: os jovens. Também, deve tratar de garantir a esta geração condições seguras para viver a sua juventude, com acesso à renda, educação e cultura.
Em primeiro lugar, devemos ressaltar a importância do Governo Lula para a juventude brasileira, através da criação da Secretaria e do Conselho Nacional de Juventude, marcos de um novo momento, onde o país passa a compreender o jovem como sujeito de direitos. Esta característica fica clara quando analisamos o conjunto de propostas desenvolvidas ao longo dos últimos sete anos: políticas emergenciais, como o Prouni e o Projovem, e políticas estruturantes, como a construção de 214 escolas técnicas e doze novas universidades federais. Além disso, existe um conjunto de outras políticas, como os Pontos de Cultura e o Pronasci, onde a grande maioria do público atingido tem menos de 29 anos.
Agora, é preciso dar o próximo passo, reconhecendo legado deixado pelo Governo Lula, aproveitando o grande momento político do país e as condições favoráveis para transformar o jovem em ator estratégico do desenvolvimento nacional. Isto significa dizer que investir na juventude é uma questão vital, para o agora e as próximas décadas.
Uma questão central que toma corpo no debate em torno deste segmento é como poderemos garantir que aos jovens as condições para não abandonar a escola, fazendo com que não lhes se seja imposta a necessidade de entrar no mundo do trabalho, ocupando empregos precários. Ou seja, quanto maior a sua escolarização, melhores serão as condições de disputar os melhores postos de trabalho.
O Projovem – Programa Nacional de Inclusão de Jovens, hoje garante uma perspectiva de aumento da formação ao jovem que não concluiu o ensino fundamental, articulado com a qualificação profissional. Isto tem contribuído na inclusão social e resgate da cidadania, bem como ajudado a postergar a sua entrada no mundo do trabalho.
Mas é importante ir além, compreendendo que, se o Ensino fundamental antigamente já representava pouco em termos de escolarização, hoje é menos ainda suficiente. E, tendo em vista os grandes problemas encontrados no Ensino Médio brasileiro, onde existe grande desistência do jovem em continuar os seus estudos, será preciso fazer com que a realidade e a diversidade da juventude estejam incorporadas na proposta político-pedagógica da escola. Por outro lado, temos que aprofundar as políticas de permanência para aqueles com idade entre 15 e 17 anos, e ter uma política mais ousada para dar conta do ensino daqueles que não estão mais na seriação adequada e daqueles que abandonaram o Ensino Médio. Para isso, será preciso substituir a renda obtida pelo trabalho por uma política que financie o aumento da sua escolaridade, articulado com outras políticas de formação e de vivência do território. Além do mais, isto deve corresponder também a uma política que represente uma continuação na formação do aluno que se forma hoje no Projovem.
Com essa proposta, outro elemento que deve ter centralidade na Política Nacional de Juventude é a transversalidade das políticas públicas no território. Isso só ocorrerá de fato através de uma ação integrada em torno das diversas políticas que atingem a juventude no país. Muitas delas já existem e perpassam diversas áreas do governo.
Hoje, temos ações e políticas territoriais integradas que estão dando certo no país, executadas e pensadas sob o ponto de vista local. Os Territórios da Cidadania e o Pronasci, hoje, articulam políticas setoriais de diversos Ministérios com a devida implementação nos estados e municípios.
É isso que pode ajudar a juventude brasileira a ter melhor qualidade de vida, numa lógica que pense o seu desenvolvimento de forma integral. Uma política de equipamentos públicos que o faça acessar e produzir cultura, ter tratamento de saúde, praticar esportes, ter acesso a novas tecnologias, entre outras questões, sob uma perspectiva de contribuir para o desenvolvimento do espaço onde habita.
O Sistema Nacional de Juventude instituído deve colaborar no aperfeiçoamento de tudo isso em torno da Política Nacional de Juventude, a partir da coordenação, gestão e definição das responsabilidades dos entes federativos – questão fundamental para implementar as ações articuladas em diversos níveis.
Estes são elementos que o próximo governo deve se debruçar. Isto tudo só será possível, pois as bases desta política já estão lançadas. Com isso, poderemos aprofundar a mudanças em curso no país e fazer com que os jovens sejam o motor do desenvolvimento brasileiro.
E somente Dilma pode dar conta desse desafio.
Severine Macedo é Secretária Nacional da Juventude do PT
Murilo Amatneeks é membro da Executiva Nacional da Juventude do PT e do Conselho Nacional de Juventud
Um pouco MAIS sobre nossa geração.
Após essa geração, ainda ouvimos a que os sucede, mas que ainda assim os antecende: "Juventude como a da resistência ao neoliberalismo não houve na história deste país". Estes nos recordam da história recente dos desmandos do Governo Fernando Henrique Cardoso, da catastrófica gestão de Paulo Renato no Ministério da Educação, do período das grandes greves, do Fora Collor e outros episódios que nos fazem saber o quanto foram valoros os companheiros e as companheiras que compuseram a militância nesse período da história do Brasil.
Ambos tem algo em comum: A saudade de seus tempos de Juventude e a comparação invevitável com a maioria de nós, que não fomos forjados na resistência à ditadura, tampouco na resistência ao neoliberalismo.
Grande parte de nós, militantes jovens e de esquerda, ingressou na luta após a Vitória de grandes movimentos progressitas, como a Vitória de Lula em 2002.
Entender nossa realidade recente, sobretudo do ponto de vista de uma perspectiva de esquerda e revolucionária, é uma tarefa peculiar e que necessita de uma certa sensibilidade quanto ao acontecimento dos fatos.
É bem verdade que não poderiamos gozar dos benefícios da Democracia* e das conquistas do povo brasileiro sem os que nos antecederam, também é verdade que devemos nos orgulhar destes e saudá-los pelas vitória e pelas lutas. Mas hoje às vésperas de mais uma disputa presendencial, democrática e antagônica, nós, que já fomos chamados de Juventude Coca Cola, desorientada, pragmática e tantas outras coisas até por aqueles que deveriam estar em nossa defesa, já sabemos qual será a história que contaremos sobre nossa geração e ela também será de grande relevância para a história que nos sucederá!
Nós seremos a Juventude que SEPULTARÁ o neoliberalismo de vez no Brasil!
Abraçamos com honra essa bandeira e trilhamos um novo caminho de lutas e conquistas no Brasil. Não faremos isso sozinhos de forma alguma, como não fizeram nenhum daqueles que nos antecedeu, mas também sabemos nossa real importância na construção de um caminho nunca imaginável na história de nosso país.
Com certeza as outras juventudes que virão, terão em seu devido momento suas bandeiras, honras e glórias, mas a verdade é que essa conquista pertence a nossa geração e a nossa juventude. Cabe a nós consolidar esse amplo movimento, traduzindo através de nossa linguagem e realidade a mensagem do socialismo em nosso país.
Apesar do otimismo, sabemos que a vitória só chegará com o extremo envolvimento dos jovens na eleição que talvez seja a mais importante para o PT. Trata-se do momento em que nosso governo Democrático e Popular, de tantos avanços, vai ser traduzir num processo histórico, ou num hiato em meio as explorações da classe trabalhadora deste país.
Não podemos perder o foco, como os que mudaram lado, que vestiram nariz de tucano, ou que "enraiveceram" tanto a crítica a ponto de servir de instumento a velha direita clássica, opressora, desgastada e militar.
Ao nosso favor tudo que foi construído e por isso está em jogo, e contra nós todos os que sempre estiveram!
Que a Juventude transforme em processo histórico ininterrupto, aquilo que os jovens que nos antecederam conquistaram!
Muita Luta a todos os jovens companheiros que elegerão Dilma a sucessora deste processo. A vitória? imprevisível. A luta?
Imprescindível!
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Brasil, Ódio ou Esperança
Não adianta apelar para a biografia da juventude do candidato. Uma candidatura é uma construção coletiva. O que interessa é o quê e quem ela representa. E a candidatura Serra representa os interesses dos setores mais conservadores e reacionários do espectro político brasileiro, bem como de parcelas antigas da classe média que não absorveram bem a ascensão de milhões de pobres ao mercado de consumo e à cidadania. Ela também tem um forte componente regional, pois é muito centrada no Sudeste, especialmente em São Paulo, estado que vem perdendo hegemonia política e econômica, exatamente pela falta de sincronia com as mudanças estruturais que deram um novo dinamismo ao Brasil a partir do governo Lula.
A candidatura Serra representa retrocessos significativos na vida política do país.
Em primeiro lugar, haveria retrocessos substanciais na política externa. Serra nunca escondeu sua aversão ao que ele chama desdenhosamente de “integração cucaracha”. Há poucos meses, chegou a dar agressivas e desastrosas declarações qualificando o Mercosul de “farsa”e “desastre” para os interesses nacionais. A sua equipe de embaixadores conservadores de pijama recomenda o fechamento de embaixadas em países do chamado Terceiro Mundo, esterilizando o esforço de expansão da representação brasileira no planeta, e a concentração da nossa política externa nos países “que importam”, isto é, EUA, UE, Japão, etc. Ainda não chegou aos ouvidos e às mentes da candidatura Serra, saudosos do projeto ALCA, que houve notáveis mudanças na geoeconomia e geopolítica mundiais. Nos últimos anos, os países emergentes vêm exibindo dinamismo econômico e comercial superior ao das nações mais avançadas, muito afetadas pela crise. Assim, a ênfase do governo Lula na cooperação Sul-Sul, que foi conceituada preconceituosamente de “ideológica, revelou-se, na realidade, pragmaticamente muito bem-sucedida. Seus alentados superávits, que não podem ser explicados apenas pelos preços das commodities, foram de fundamental importância para a superação da vulnerabilidade externa da nossa economia, que predominava no governo FHC/Serra. O enorme avanço do protagonismo internacional do Brasil, construído ao longo do governo Lula, se deve, em grande parte, à ênfase na integração regional e a essa aposta estratégica na articulação com os demais países emergentes. A candidatura Serra, defende a volta a era FHC e ao alinhamento com os interesses da única superpotência, com graves prejuízos à integração Sul Americana e a nossa inserção soberana no cenário mundial.
Outro campo no qual teríamos retrocessos é o social. Obviamente, Serra não encontra espaço político para defender a extinção de programas como o Bolsa Família, o Prouni, o Luz para Todos e outros programas sociais de alto impacto na distribuição de renda e na expansão das oportunidades. Contudo, não há compromisso da candidatura PSDB/DEM para que a distribuição de renda e a eliminação da pobreza tenham centralidade, como tiveram no governo Lula e como teriam num Governo Dilma. As forças conservadoras que apóiam Serra sempre foram muito críticas, em relação a esses programas. Por interesses objetivos no gasto e investimentos públicos e por ideologia, esses setores consideram que a eliminação da pobreza e a distribuição de renda são fundamentalmente variáveis dependentes do crescimento econômico. São problemas que caberia essencialmente ao “mercado” resolver. Quaisquer desvios relativamente a esse ideário liberal são encarados, por tais setores, como “populistas”. Portanto, é altamente provável que esses programas sejam, de algum modo, “revistos”, ao sabor das exigências “orçamentárias” e das conveniências econômicas e fiscais dos interesses estratégicos das grandes empresas privadas.
Alguns programas poderiam ser mais afetados. Um deles seria o da Reforma Agrária, pois a candidatura Serra está umbilicalmente associada aos setores mais retrógrados do campo, que resistem a reconhecer a relevância dos programas de apoio a agricultura familiar, como o fortalecido PRONAF, e as políticas comprometidas com os assentamentos agrários. Outro seria o programa de quotas para afro-descendentes nas universidades, que faz parte de uma política maior de afirmação dos direitos dos afro-descendentes brasileiros. Esse programa foi duramente bombardeado pela direita que apóia Serra. Os setores conservadores que apóiam a candidatura PSDB/DEM confundem raça com racismo e ressuscitaram o velho mito da “democracia racial” brasileira. Para eles, não há racismo no Brasil. Portanto, políticas de combate ao racismo seriam, nessa visão distorcida, inúteis e até mesmo contraproducentes, já que introduzem “valores racistas numa sociedade não-racista”. Serra está abertamente comprometido com a continuidade do silêncio institucional e político em relação ao racismo.
Por tudo isso, é razoável afirmar que a candidatura Serra, representa, a passividade frente a desigualdade social e a condição de pobreza que historicamente atingiu vastas parcelas da população, ou pelo menos a ausência de novos progressos mais significativos e pró-ativos na eliminação da pobreza e distribuição de renda. Num governo PSDB/DEM, a centralidade caberia ao capital e às conveniências do “mercado”. Em contraste, a vitória de Dilma asseguraria a continuidade, a intensificação e a expansão do esforço distributivo realizado pelo governo Lula, que foi de fundamental importância para o enfrentamento da crise e a dinamização do novo mercado interno de consumo de massas. O governo Lula retirou 28 milhões de pessoas da pobreza, o governo Dilma tem o compromisso fundamental de retirar as 21 milhões que ainda faltam.
O campo no qual teríamos o maior retrocesso seria o relativo à reconstrução do Estado brasileiro e do seu papel estratégico no desenvolvimento nacional. O antigo governo PSDB/DEM privatizou o que pôde do patrimônio público, muitas vezes a preços aviltados, abriu a economia sem o contexto balizador de uma política industrial, humilhou e arrochou os funcionários públicos, sucateou as universidades federais, “terceirizou” funções próprias a servidores federais e extinguiu mecanismos estatais de apoio ao desenvolvimento. Deu impulso ao chamado “Consenso de Washington” que inspirou o governo FHC e o governo Serra em São Paulo. O governo FHC/Serra sucumbiu ideologicamente ao receituário neoliberal, que contribuiu decisivamente, com suas diretrizes antiestatais e antireguladoras, para a crise mundial, e que hoje é duramente criticado até mesmo nas nações avançadas que nos impuseram esse modelo. Serra, que em plena crise aumentou a carga tributária e vendeu o único banco que restava no Estado de São Paulo, ainda acredita nesse receituário desastroso. Se eleito, com certeza estudará novas formas de transferir patrimônio público para o setor privado e de limitar a “intervenção do Estado na economia”. O “desenvolvimentismo” juvenil de Serra é apenas uma pálida e envergonhada lembrança porque sua candidatura começa e termina no apoio irrestrito ao livre funcionamento das forças de “mercado”.
Um setor está particularmente ameaçado. O pré-sal e a Petrobrás. Sem dúvida alguma, a candidatura Serra fará tudo, se vitoriosa, para fazer com que o pré-sal seja explorado com base no modelo de concessão. Nesse modelo, fazem-se leilões dos campos de petróleo e a empresa ganhadora torna-se proprietária do óleo assim que a broca atinge as reservas. Com isso, a União perde o controle estratégico dos mega campos de petróleo do pré-sal. No modelo de partilha, proposto pelo governo Lula, o Estado mantém a propriedade e o controle do petróleo, mesmo após a sua retirada dos campos, e a empresa é remunerada pelos serviços de exploração e extração. Além disso, no modelo proposto por Lula/Dilma a Petrobrás se mantém como a maior operadora. A reversão ao modelo de concessão, implementado pelo governo FHC/Serra é completamente inadequado para os novos mega campos de petróleo e permitiria a venda do pré-sal às grandes multinacionais do petróleo, que estão de olho numa das últimas grandes reservas de hidrocarbonetos do planeta. Entretanto, tal decisão seria uma tristeza para aqueles que, como Dilma, querem que os recursos do pré-sal sirvam para alavancar os investimentos nacionais e a inovação na cadeia produtiva de gás e petróleo, bem como novas condições de financiamento para as políticas sociais de combate a pobreza, as políticas educacionais e de sustentabilidade ambiental no Brasil.
Esses são alguns dos riscos concretos que a Candidatura do Ódio acarreta. A população precisa ficar a eles atenta. A candidatura Serra é um projeto que representa o aborto do futuro de um Brasil mais justo, solidário e soberano, que começou a ser construído por Lula/Dilma. Em 2002, a candidatura Serra teve o medo como centro tático, porque era muito difícil defender a continuidade do governo FHC. Seu discurso na época foi amparado pela grave crise cambial, pelas políticas recessivas do FMI, pelo ambiente de forte especulação financeira e pelo apoio militante dos analistas de mercado que difundiam o medo frente a ameaça de perda completa da estabilidade econômica e risco de instabilidade institucional com um eventual governo Lula. Hoje, Serra repete o mesmo roteiro, tenta se dissociar do governo FHC que foi um dos principais formuladores e que serviu por oito anos. Não tem argumentos para comparar o governo FHC com o Governo Lula e fez muito pouco e para poucos no governo tucano de São Paulo. E assim, recorre ao ódio como eixo de sua campanha eleitoral. Mas a nossa convicção é que a esperança, que em 2002 derrotou o medo, agora irá derrotar o ódio. O Brasil que deu certo caminha para eleger a primeira mulher presidenta da República: Dilma.
Aloizio Mercadante
São Paulo, outubro de 2010
domingo, 1 de agosto de 2010
Guinada dramática na campanha presidencial.
Serra recebe apoio que pode ser decisivo.
Extraído do Tijolaço:
Para ninguém dizer que eu não ajudo o Serra
A campanha de Serra na internet lançou a versão on-line dos “esquadrões serristas” que estão percorrendo o país em busca de “boatos” sobre o que ele considera mentiras a seu respeito.
Para não dizerem que eu só falo mal do “coiso”, já ofereço logo a minha contribuição sobre notícias falsas que se andam espalhando sobre o candidato tucano.
1- Serra está nas frentes das pesquisas: Boato difundido por um certo instituto Datafolha, com sede na Av. Barão de Limeira, em São Paulo;
2- Serra é o pai dos genéricos: Notícia evidentemente falsa, uma vez que o próprio Serra acabou dizendo que “nem sabia que existia genérico” quando entrou no Ministério da Saúde. A fonte do boato é o programa de propaganda eleitoral do PSDB, como pode ser visto aqui ;
3- Serra defende a privatização: Boato espalhado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em entrevista ao site da revista Veja.;
4- Aécio Neves está fazendo corpo mole na campanha de Serra e se vingando da rasteira que tomou quando o ex-governador paulista vetou a realização de prévias no PSDB: A fonte desta matéria notóriamente inverídica é o jornal “A Folha de São Paulo”, na sua edição de ontem;
5- O vice I. da Costa foi enfiado goela abaixo de José Serra: Mentira: Como o próprio Serra disse, da Costa é “um rapaz de quem eu gostava especialmente”, embora só o tenha encontrado uma vez antes da designação, assim mesmo numa mesa de churrascaria durante o jogo do Brasil com a Coréia do Norte. Todos sabem que a grita do DEM, as reuniões que vararam madrugadas, e o anúncio público de que o vice seria Álvaro Dias foram só brincadeirinha;
6- Os pedágios paulistas são caríssimos: Todos sabem que isso não passa de “trololó” dos petistas e do jornalista Heródoto Barbeiro, que perdeu seu emprego na TV cultura por espalhar a informação inverídica. O governador Geraldo Alckmin também é um dos boateiros, pois admitiu que é preciso rever o valor dos pedágios estaduais;
7- A cratera do metrô não foi resultado de obras mal executadas durante a gestão tucana: Qualquer criança sabe que ela foi destruída por um disparo de raio laser vindo de uma galáxia distante;
8- O Jardim Romano não passou quase dois meses debaixo de água: O alagamento das ruas na verdade foi uma obra performática para que os pobres pudessem ver o reflexo de sua própria situação.
9- Serra não é de esquerda: Calúnia. É uma afirmação que se desmonta com a simples constatação de que seus aliados são Paulo Maluf, Orestes Quércia, Kátia Abreu, os Bornhausen, Jair Bolsonaro, a Globo e a Folha.
10- José Serra têm chances de ganhar a eleição: Boato que qualquer Brasileiro sabe, não tem a menor possibilidade de ser verdade.