sexta-feira, 10 de julho de 2009

QUEREMOS CONSTRUIR UMA UNE ParaTodos

Manifesto ao 51º Conune



Apresentamos este manifesto em contribuição ao debate nesta reta final rumo ao 51º Conune. Somos estudantes de diversos cantos do país comprometidos com um projeto de desenvolvimento nacional a serviço do povo e para o povo brasileiro. Que defendemos um projeto democrático e popular e lançamos neste congresso o nosso movimento: ParaTodos, inspirados no baião do Chico, que cantou as diferenças, saudando-as e exaltando-as. No Movimento Estudantil, estamos presentes em 21 estados da federação, do sudeste ao nordeste, passando pelo centro-oeste, e de norte a sul.




Brasil ParaTodos os brasileiros



O governo Lula caminha no rumo do país que queremos, pois pratica uma política econômica que privilegia o crescimento comprometido com a distribuição de renda e da riqueza, com a recuperação do poder do Estado e da qualidade do serviço público e com um comportamento afirmativo do Brasil perante o mundo. É um governo que está mudando o Brasil. Está rompendo as tradições elitistas, clientelistas e patrimonialistas que historicamente fizeram com que direitos fossem considerados favores, que privatizaram o Estado e concentraram a riqueza e o conhecimento nas mãos de poucos.



A nação brasileira, como um dos focos de resistência ao imperialismo norte americano, desempenha papel estratégico no avanço do movimento de contestação e esgotamento do capitalismo. O governo Lula fortalece as relações comerciais com bloco do Mercosul e com os países da Ásia e África, principalmente no que se refere à nova matriz energética mundial, na exportação de minério de ferro e alimentos, de maneira a desempenhar papel de protagonista nas relações internacionais, como nunca tinha ocorrido com a nação brasileira. Isso reafirma a autonomia e soberania brasileira e consolida sua tarefa de pensar a nova civilização, com respeito aos povos e autodeterminação das nações.



E isto está sendo um fator fundamental que nos favorece no combate a crise internacional colocada. Pela primeira vez, estamos em um país que não precisa de pacotes emergenciais, que não tem sua moeda desvalorizada, perda de riquezas, quebra de empresas, demissões em massa em decorrência de uma crise mundial. Mesmo sendo essa uma crise estrutural do sistema capitalista.



Sabemos que em 2010 estarão em evidências dois projetos distintos: o do campo progressista, representado pelo governo Lula, e a volta do modelo neoliberalista dos Demo-tucanos. Estamos do lado do povo, estamos do lado de Lula. Acreditamos que é fundamental rearticular o campo democrático e popular, aprofundar o diálogo com os demais movimentos sociais, no sentido de fortalecer, pautar, defender e, principalmente, disputar cotidianamente, os rumos do atual governo e aprofundar essas transformações em uma plataforma eleitoral para 2010.





O movimento estudantil na construção de um novo Brasil



Acreditamos que três debates serão centrais neste 51º Conune. O primeiro é o debate da conjuntura nacional, a disputa de 2010 e a continuidade do projeto de nação em curso. Para a defesa deste projeto, acreditamos que seja fundamental unificar as forças que compõem o campo democrático-popular, para apresentar uma plataforma socialmente referenciada para o povo brasileiro, em que conste o projeto de país dos estudantes brasileiros.



O segundo debate fundamental será o debate educacional, em que devemos fazer a defesa da gestão progressista do MEC, que construiu Prouni, o Reuni, o PDE, a expansão das universidades federais, instituiu o piso nacional dos professores e colocou a educação no centro do debate, convocando a I Conferência Nacional de Educação. Temos a tarefa de apontar novos desafios para o 3º mandato democrático-popular e aprofundar ainda mais as transformações estruturantes no modelo educacional brasileiros, inclusive adotando 10% do PIB em investimentos com a educação, acabando com a DRU e extinguindo os vetos de FHC ao PNE.



O debate do movimento estudantil em si, como terceiro item, deve ser central, especialmente no intenso momento de refluxo que o ME passa. É preciso discutir seriamente e com muita tranqüilidade e responsabilidade o funcionamento da UNE e demais entidades estudantis. As entidades precisam democratizar cada vez mais seus espaços internos e garantir uma maior participação do conjunto dos estudantes nos espaços decisórios das entidades. Explorar democraticamente o contraditório e permitir que as divergências possam fraternalmente emergir.



Hoje a UNE não consegue responder de forma rápida aos anseios e desafios que se apresentam, sendo, por isso, necessária uma ousada transformação nos métodos de participação dos estudantes. É preciso incluir o máximo possível de estudantes decidindo os rumos da entidade. Contudo, esse objetivo nunca será alcançado se reproduzirmos as velhas práticas que tanto questionamos. Por isso, temos que nos basear no princípio da radicalização democrática. Não se trata de satanizar nenhuma força política. Queremos sim fortalecer o movimento e marchar ao lado daqueles setores que estejam dispostos a transformar o movimento estudantil brasileiro.



Por fim, não elegemos nenhuma força do Campo Democrático Popular como adversária pois sabemos de que lado estão os nossos verdadeiros adversários. Esgotaremos o debate interno sobre a melhor tática a ser adotada no Conune, mantendo o paradigma construído a partir de nossa plenária nacional, realizada no dia 23 de março em São Paulo, de não construir acordo algum da CNB nos estados com qualquer que seja a força política que passe pelo Congresso da UNE. Esta opção, que liberou os estados para construírem suas próprias políticas de alianças, se mostrou muito acertada: chegamos a mais universidades e dialogamos com mais estudantes e, consequentemente, fortalecemos a nossa bancada.



Nosso coletivo encerra esses três meses de campanha para chegar e intervir neste 51º Congresso da União Nacional dos Estudantes forte e unido, seja como for.



Queremos dialogar com o conjunto dos estudantes brasileiros e fazer com que nossos ouvidos ouçam o máximo de opiniões e propostas, sem medo de fazer os intensos debates que precisam ser feitos para fazer avançar ainda mais a democracia de direitos que vem sendo conquistada pelo povo nos últimos sete anos.



Queremos construir! Queremos uma UNE ParaTodos!





CONSTRUINDO UM NOVO BRASIL – ParaTodos



SP Debora Pereira – Jornalismo UNISA / Diretora de Universidades Pagas UNE

SC Edenilson Petter – Vice-Santa Catarina da UNE

RS Guilherme Ortiz – Ciências Sociais ULBRA / 1º Diretor de Cultura da UNE

PA Cássio Nogueira – Ciências Sociais UNAMA / 1º Diretor de PPJ da UNE

AC Dimas Sandas – Jornalismo UNINORTE

AM Anne Karolyne – Enfermagem UEA

AP Rosinete Duarte – Secretariado Executivo UNIFAP

BA Fernando Pacheco – Economia UFBA

CE Edson Ferreira – Ciências Sociais URCA

DF Luiz Eduardo Braga – Jornalismo IESB

MG Edgar Silva – Filosofia UFMG

MS Charles Mueller - DCE Facsul

MT Tiago Oliveira – Letras UNEMAT

PA Liana Azevedo – Ciências Sociais UFPA / Diretora da PPJ UAP

PE Movimento Acionando Flores

PE Magno Augusto – Tesoureiro da UEP

RO Géssica Bergamini – Psicologia ULBRA

RR Elzilene Libório – Secretariado Executivo UFRR

RS Murilo Amatneeks – Geografia UFRGS

SE Jefferson Lima – História UFS

SE José da Conceição – estudante da UNIT

SP Juliana Borges – Letras USP / Diretora de Movimentos Sociais da UEE-SP
RJ Movimento Ousadia - Estacio de Sá - Simonsem - UniCarioca

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