Autoridades da Suíça bloquearam uma conta atribuída ao banqueiro aposentado francês Jean Marie Lannelongue por terem encontrado indícios de que ele recebeu o pagamento de comissões ilegais da multinacional francesa Alstom, informa reportagem de Mario Cesar Carvalho, publicada nesta sexta-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
Lannelongue, que vive no Brasil desde os anos 80, representava o banco Societé Générale no país e ajudou a montar a engenharia financeira que permitiu que a Alstom fechasse um contrato com a Eletropaulo de R$ 110 milhões em valores de 2001 --hoje seriam R$ 221 milhões, quando se corrige o contrato pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado, da Fundação Getulio Vargas).
A Folha revelou, na semana passada, que o Ministério Público da Suíça bloqueou uma conta atribuída a Robson Marinho, conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) de São Paulo por ter reunido indícios de que ela recebeu pagamento de propina da Alstom. A conta recebeu mais de US$ 1 milhão (cerca de R$ 2 milhões), segundo promotores suíços.
Ex-chefe da Casa Civil no governo Mario Covas, Marinho é suspeito de ter ajudado a empresa, mediante propina, a ganhar contrato de R$ 110 milhões (correspondente a R$ 221 milhões, em valor atualizado, pelo IGP-M). O conselheiro rechaça a acusação e nega ser titular de conta na Suíça.
Marinho é suspeito de ter recebido propina da Alstom para ajudar a empresa a fechar o negócio com a Eletropaulo. Lannelongue, por sua vez, não se restringiu a dar somente consultoria financeira ao negócio, mas receber participação no acordo enquanto trabalhava no banco francês.
O advogado dele disse que não teve acesso a dados citados na acusação e não falaria.
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