sexta-feira, 3 de julho de 2009

Suíça bloqueia outra conta na investigação do caso Alstom

Autoridades da Suíça bloquearam uma conta atribuída ao banqueiro aposentado francês Jean Marie Lannelongue por terem encontrado indícios de que ele recebeu o pagamento de comissões ilegais da multinacional francesa Alstom, informa reportagem de Mario Cesar Carvalho, publicada nesta sexta-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

Lannelongue, que vive no Brasil desde os anos 80, representava o banco Societé Générale no país e ajudou a montar a engenharia financeira que permitiu que a Alstom fechasse um contrato com a Eletropaulo de R$ 110 milhões em valores de 2001 --hoje seriam R$ 221 milhões, quando se corrige o contrato pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado, da Fundação Getulio Vargas).

A Folha revelou, na semana passada, que o Ministério Público da Suíça bloqueou uma conta atribuída a Robson Marinho, conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) de São Paulo por ter reunido indícios de que ela recebeu pagamento de propina da Alstom. A conta recebeu mais de US$ 1 milhão (cerca de R$ 2 milhões), segundo promotores suíços.

Ex-chefe da Casa Civil no governo Mario Covas, Marinho é suspeito de ter ajudado a empresa, mediante propina, a ganhar contrato de R$ 110 milhões (correspondente a R$ 221 milhões, em valor atualizado, pelo IGP-M). O conselheiro rechaça a acusação e nega ser titular de conta na Suíça.

Marinho é suspeito de ter recebido propina da Alstom para ajudar a empresa a fechar o negócio com a Eletropaulo. Lannelongue, por sua vez, não se restringiu a dar somente consultoria financeira ao negócio, mas receber participação no acordo enquanto trabalhava no banco francês.

O advogado dele disse que não teve acesso a dados citados na acusação e não falaria.

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