terça-feira, 5 de maio de 2009

Israel 60 anos


“O Estado israelense firma-se como a mais moderna economia do Oriente Médio, mas não consegue superar os conflitos que o acompanham desde seu nascimento.” (Introdução da matéria na revista Atualidades 2009, Editora Abril, Página 55).

Será mesmo?


A matéria inicia-se com a informação de que no ano de 2008, Israel completou 60 de fundação, ocorrendo diversas comemorações incluindo uma no Parlamento de Israel, no qual teve a presença do então presidente norte americano George W. Bush. Nesta informação a revista passa a conotação de que o Estado israelense possui a maior e a mais moderna economia do Oriente Médio, com forte apoio dos EUA e de judeus pelo mundo que por sua vez tem “alto grau de conhecimento e aculturamento”. Será mesmo?
Durante a segunda Guerra Mundial (1939-1945) os judeus foram fortemente discriminados pela política nazista da Alemanha, que colocava o povo judeu como impuros, acarretando no que se chama de maior Holocausto do mundo, pois foram em torno de seis milhões de judeus mortos no poderio de Hittler. Porém, se pararmos para refletirmos se observará que todos os dias acontecem holocaustos iguais ou piores em todo o mundo e principalmente nos países mais pobres do globo, mas que tão pouco são vistos ou atendido pelo “coração bom americano”. Nesta cota de morte inclui os palestinos que foram expulsos de suas terras em 1948 pelas forças internacionais, porque seu local original foi tomado por Israelitas.
Depois de toda a tragédia da segunda Guerra Mundial, a ONU proclama a divisão do território palestino em duas partes: a dos judeus e dos palestinos, essa divisão é contestada por diversas entidades de defesa da soberania nacional, porque ela não atende a soberania do povo Palestino que residia ali a milhares de anos. Em 1987 o Instituto Internacional Livre de Economia fez uma pesquisa sobre as causas que levaram os países integrantes da ONU a aprovar um termo de expulsão de um povo da terra para beneficiamento de outro. Os judeus disseram que solicitaram ao departamento de Estado dos EUA para que aquela região fosse escolhida, pois ali residiam há milênios, o instituto foi pesquisar que judeus foram protagonistas na defesa da demarcação palestina, na época se descobriu que um deles, talvez o mais influente, era o senhor George Abraam Smith um dos maiores banqueiros dos EUA à época. Sobre este contexto fica claro que o poder econômico foi determinante da escolha do local para a demarcação. Portanto fica em cheque a legitimidade da ocupação judaica às terras palestinas.
Houve e há forte resistência dos povos palestinos para não ceder uma terra que por direito são deles. Entre esta resistência vários grupos extremistas de esquerda e fundamentalista foram se consolidando ao longo do tempo na Palestina, um deles é a OLP (Organização para a Libertação da Palestina) liderada pelo Yasser Arafat que foi fundada em 1964 como um grande grupo de defesa dos interesses palestinos, outra organização fundamentalista é o Talibã, indevidamente reconhecida como “terroristas” pelos norte-americanos, tem como líder maior o Mohammed Omar e acreditam na libertação do mundo através do islã. Estes grupos defendem uma radical retirada da intervenção dos EUA e dos países capitalistas do Oriente Médio, sendo que alguns deles têm um forte discurso antiamericano.
As grandes organizações fundamentalistas subdivididas entre xiitas e sunitas se encontra em uma forte luta de resistência, pois desde a demarcação imposta pela ONU os palestinos vêm perdendo espaço em suas áreas reservadas. Em 2002, Israel iniciou a construção de um muro que divide a faixa de Gaza, Cisjordânia e o Estado de Israel, essa construção foi contestada por diversos países e por entidades de defesa mundial, menos pelo EUA, que por sua vez foi o protagonista na derrubada do muro de Berlim, pois alegava o “rompimento das fronteiras mundiais para o desenvolvimento”.
Os países ocidentais e principalmente os capitalistas vêem com maus olhos a resistência palestina em seu território que é de direito, pois isso acarreta não só uma questão étnico-racial ou até mesmo religiosa, mas uma questão conclusivamente econômica, ou seja, dinheiro e poder. Os EUA, com toda sua truculência, não respeitam a autodeterminação dos povos, invadindo suas soberanias e relegando o que é “certo” e o que é o “errado”.
Temos que pensar, ou melhor, repensar a sociedade de uma vez por todas, temos que dar um fim a repressão como meio e colocar a educação e o combate a fome, a miséria e a falta de dignidade humana como pauta principal da agenda mundial. Pois, não se combate o mal com o mal, mas o mal só se vai com bem, o bem dos povos, da vida, do Novo Mundo, do Novo Amanhecer. Buscar o melhor, nem sempre é igual o buscar o melhor do outro, por isso precisamos de uma coisa: O RESPEITO.
Portanto Israel, definitivamente, NÃO é o mais moderno Estado palestino, pois se o conceito de modernidade for imperialismo e truculência a nação mais moderna que se teve foi a Alemanha de Hittler ou até mesmo a Itália fascista. Não, a resposta é não, tem muita coisa para avançar e crescer e é por este motivo que não é superado o conflito na Palestina.

PELA PALESTNA LIVRE!!! PELA SOBERANIA DOS POVOS!

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